12/11/08

Direcção promete pagar um ordenado esta quinta-feira.

A direcção do Estrela comandada por António Oliveira, nosso presidente, chegou hoje a acordo com o plantel para o pagamento, esta quinta-feira, de um dos ordenados em atraso. Em caso negativo, os jogadores avançarão com o pré-aviso de greve. Desta forma, e com o entendimento, vai permitir ao plantel Tricolor regressar aos treinos e estar disponível para os próximos jogos normalmente.

O acordo prevê que seja pago um salário (142 mil euros na soma de todos os ordenados) a cada jogador até esta quinta-feira, caso contrário o plantel avança com um pré-aviso de greve a todos os jogos até que a totalidade da dívida ao futebol profissional esteja totalmente paga.

O compromisso foi anunciado ao final da tarde na sala de imprensa do estádio José Gomes por Joaquim Evangelista (presidente do SJFP) que falou em nome dos jogadores, avançando que o acordo permite aos futebolistas encarar o futuro próximo com "optimismo e perspectivar a regularização posterior da sua situação salarial". O dirigente contou que conversou com António Oliveira, e que este o colocou a par dos processos que levaram o Estrela a chegar a esta triste situação. O sindicalista deixou um apelo para que os demais clubes evitem chegar a este ponto.

António Oliveira assumiu o compromisso, manifestando-se desgastado com toda a situação: "Ficou combinado esse compromisso. Tenho feito tudo pelo clube. Esta situação aconteceu já depois do orçamento ter sido feito. Tinha falado com os jogadores e tinha-lhes dito que ia cumprir o sonho de pagar até antes do dia, mas houve situações com as quais não contávamos [penhoras]. Não tem sido fácil, mas penso que as condições neste momento são outras. Tem sido desgastante para os jogadores e para a direcção. Chegámos a envergonhar-nos" destacou o presidente.

O presidente esclareceu ainda que, com o pagamento previsto para esta quinta-feira, o clube fica apenas a dever dois salários em relação à corrente temporada. "Não tinha intenção de estar aqui, só queria falar quando a situação estivesse resolvida e abrir o livro sobre as informações que têm chegado à comunicação social. Com o pagamento de amanhã ficam a faltar dois, uma vez que os contratos são de dez e não de doze meses" acrescentou.

Joaquim Evangelista aproveitou ainda a conferência de imprensa para promover o Fundo de Garantia Salarial, anunciando que deseja que a F.P.F e a L.P.F.P entrem no fundo com o mesmo valor que o Sindicato avançou: 100 mil euros. O dirigente referiu ainda que está a pressionar a L.P.F.P no sentido de mudar as regras que permitem aos clubes iniciar a temporada sem apresentar garantias de que podem garantir o pagamento dos salários até ao final da temporada. "Que haja novas regras para o ano e, se não houver, assumo aqui o compromisso de mobilizar os jogadores para não iniciarem o campeonato sem esta garantia. Isto envergonha os dirigentes, as instituições e o país e humilha os jogadores" referiu.

Foi nesta altura que o nosso presidente, António Oliveira tomou a palavra: "O Estrela podia provar que tinha receitas suficientes para pagar o orçamento de 2 milhões de euros, com deslocações já incluídas. Os clubes devem provar como vão pagar e nessa medida não tenho de me envergonhar. Só o contrato de direitos desportivos chega para assumir esses compromissos" garantiu António Oliveira.

1 comentário:

Anónimo disse...

Espero que seja de vez e que passe a comunicar as coisas aos sócios, esses sim, verdadeiramente envergonhados e humilhados por esta situção.