Entrevista de Fernando Alexandre ao jornal ABOLA.

→ Fernando Alexandre fez toda a formação no Benfica, foi capitão das camadas jovens mas diz ter aprendido muito, na época passada, ao serviço do Mafra, na II Divisão. Agora o médio é Tricolor e começa a impor-se. Estreou-se a marcar pelo clube da Reboleira frente ao Operário, para a Taça de Portugal, e sabe que quer chegar longe.

P: Estreou-se a marcar pelo Est.Amadora, em jogo da Taça de Portugal, mas já se havia estreado a titular esta temporada?


R: Sim. Fui titular frente ao Vizela, em jogo da Taça da Liga. De resto, tenho sido suplente utilizado na Liga.

P: Percebeu que ia marcar? Conseguiu ler o lance?

R: Não muito bem. Rematei para marcar mas a bola ainda bateu num adversário antes de entrar.

P: Foi, então, um golo de sorte?

R: Sim, pode dizer-se que sim.

P: Custuma ter sorte?

R: A sorte também se procura, sobretudo quando queremos alcançar objectivos. O meu objectivo é trabalhar bem este ano para chegar a um clube grande.

P: Regressar ao Benfica?

R: No Benfica foi onde cresci como jogador e como homem. Fui para o centro de estágio com 14 anos, saí com 18. Fui capitão em vários escalões. Quero chegar a um clube de topo. O Benfica ou outro.

P: Quando se desvinculou do Benfica, transferiu-se para o Mafra, da II Divisão. Foi boa opção?

R: A época passada, no Mafra, foi onde, talvez, mais aprendi. Tive óptimas condições de trabalho e na II Divisão trabalha-se afincadamente como na Liga.

P: Foi uma passagem importante na carreira?

R: Fez-me perceber muita coisa. Aqueles jogadores, que não ganham muito, precisam mesmo do futebol, trabalham com toda a seriedade, foi uma boa lição de vida.


P: O Estrela apostou em reforços de divisões inferiores. Nota-se diferença no confronto com os adversários?

R: Nada disso. Pessoalmente não me sinto diminuído quando estou em campo. Os jogadores são parecidos, depois é a mentalidade que faz a distinção.

P: E qual é a sua mentalidade?

R: Forte. Apenas acredito em mim. Trabalho nos limites para dar o meu máximo e ganhar a confiança do treinador. Quero jogar.

P: Aos 23 anos chega à Liga para ficar?

R: Não há uma idade para se chegar à Liga. Foi importante para o meu crescimento passar por todas as divisões. Neste momento estou no meio da caminhada.