Ovação surpreendeu Vidigal.

Luís Vidigal foi expulso, por acumulação de amarelos, a quinze minutos do fim, já o resultado entre Braga e Estrela se cifrava em 4-0, deixando a embarcação comandada pelo irmão ainda mais... à deriva.

O nosso camisola 13 sustenta, todavia, que a sua retirada do jogo foi injusta. "Com todo o respeito pelos árbitros, nunca aceitarei ser admoestado por me dirigir ao juiz e questioná-lo sobre um lance. Perguntei-lhe só por que motivo não apitou falta na jogada que antecedeu o canto que resultou no segundo golo do Braga", revelou Vidigal, dando razão ao árbitro da partida, o senhor Elmano Santos sobre o segundo amarelo, que ditará a sua exclusão da próxima jornada, no derby frente ao Belenenses.

Uma falta fatal mas que, aparentemente, ficou no goto do público que se deslocou na segunda-feira passada à "Pedreira" para assitir ao jogo, que despendeu uma ovação na altura em que Vidigal abandonou, cabisbaixo, as quatro linhas. "Fiquei surpreendido mas agradeci o gesto. Porque me aplaudiram? Talvez pelo facto de as pessoas gostarem de mim e de estar de regresso a Portugal, após tantos anos de ausência. Penso que os adeptos do Braga reconheceram isso e é sempre bom para um atleta ser acarinhado dessa maneira. Além disso, as pessoas terão reconhecido o facto de ter pedido desculpa ao meu colega e tê-lo ajudado a levantar-se".

No rescaldo da pesada derrota, o técnico tricolor e seu irmão voltou a aludir (sem especificar) aos problemas que têm afectado o grupo de trabalho. Vidigal traduziu, assim, o pensamento do seu irmão Lito: "Penso que ele se está a referir às lacunas existentes num plantel construído com gente jovem e oriunda dos escalões mais baixos, dado que o clube em si, como é sabido, não nada em dinheiro...", explicou Luis Vidigal.